sábado, 5 de janeiro de 2008

Mais uma história de plano perfeito

O PLANO

Era em um porão de uma antiga casa de interior onde se planejava, meticulosamente, todo o plano. Segundo seus elaboradores, claro, seria perfeito. Dentre eles, no entanto, destacava-se apenas um; uma espécie, provavelmente, de líder nato, responsável pela disciplina e maturidade, as quais, segundo ele, eram indispensáveis.

– João, esse desenho? Você vai seguir por esse caminho pintado de vermelho, passando pelo poste, até chegar na árvore maior. Sim, essa mesma que eu marquei um xis.

Ei, Marcos, presta atenção, é sua vez agora.

Não! Você não pode ir junto com João. Escute bem: você vai pelo outro lado, até dar a volta inteira na casa. Mas, não se esqueça, sempre ande no meio do mato, pra ninguém te ver.

– Carlos, acompanhe, não tão perto, João, para, assim que ver Marcos, chamar os dois para se encontrarem. Vocês três, juntos, vão até o muro dos fundos, bem aqui, onde marquei de caneta preta. Fiquem esperando.

Ana, no dia te explico o que fazer.


A AÇÃO

Ana tremia. Estava nervosa por participar de sua primeira ação tática e ainda ser a peça decisiva para o sucesso da missão.

Ana, fique calma e escute bem o que vou falar. Assim que eu der o sinal, você vai, bem devagar, em direção à casa. Espera um pouco e toca a campainha. Quando o dono da loja abrir a porta, peça, com calma, pra usar o banheiro. Ele vai te indicar um local aos fundos e, talvez, te acompanhe até . Espere dez segundos, saia e entre na porta ao lado. Ali é o depósito.

Isso... você precisará, apenas, abrir a janela para João, Marcos e Carlos. Depois, saia do lugar. Pela porta da frente, claro.

Começava a ação.

Simultaneamente, João e Marcos iniciavam seus trajetos, preocupando-se em seguir tudo o que foi planejado. Carlos, depois, passou a acompanhá-los, até se encontrarem junto à parede da casa. Esperaram apenas dois minutos, quando Ana abriu a janela.

Depois de meia hora, estariam de volta ao porão, deliciando-se com inúmeras caixas de doces e bombons, como crianças felizes. Aliás, eles eram crianças.

3 comentários:

Ayana disse...

Que fofooo!!
=~
Lindo lindo =D
Deu até vontade de comer doces ;D

;*

Saulo Dourado disse...

Pastor, Pastor, cuidado que esse caminho não tem mais volta.

Unknown disse...

Palavras bonitas e frases com rimas nao significam nada em um livreo,prosa ou frases....
O que importa relamente eh o autor de qualquer obra fazer com que o leitor se imagine na situacao e visualize o trama...isso sim eh importante...trazer o leitor a fantasia proposta.
Esse sentimento de ''liberdade'' tive agora,depois de muito tempo que n sentia...e me relembro o quanto eh bom ler uma obra bem trabalhada =D

Parabens Leozão,
parabens mesmo!

abraços